Símbolo da vegetação brasileira, importantes signos em grandes obras nacionais de artistas como Tarsila do Amaral, as Bromélias além de encantarem jardins e casas são espécies essenciais da flora atlântica. Nativas da América do Sul e Central, as mais conhecidas são as espécies epífitas, mas a diversidade desse grupo é muito grande, são 56 gêneros catalogados e 80% você encontra em terras brasileiras, com mais de 3.000 espécies, sendo 1.200 nativas do Brasil.
Introduzidas no paisagismo pelo renomado paisagista Burle Marx, sua importância na área se dá não só pelo quesito ornamental, elas também podem dar frutos, como por exemplo o mais conhecido abacaxi. Uma das características mais conhecidas dessas belas espécies é a capacidade de acúmulo de água na estrutura em formato de copo que a planta possui, isso se deve devido a necessidade de umidade da espécie e retenção de nutrientes. Pelas circunstâncias essa estrutura acaba tornando uma forma de mini ecossistema, em que vários animais e insetos podem se beneficiar.
Surge com isso a dúvida de que possa ser um local atrativo para o Aedes aegypti se proliferar. Já adiantamos que é raro encontrar uma ocorrência assim, pois a mistura de folhas que caem nesse “copo” vão se decompondo e se mistura com a água criando uma espécie de lodo, que é um local inóspito para proliferação da espécie. Principalmente em centros urbanos existe o hábito da troca da água e isso pode chamar a atenção do transmissor da dengue, portanto evite esse tipo de processo se tiver uma espécie dessa em casa. Muitas também criaram um sistema de autodefesa com serrilhas, espinhos nas bordas das folhas para se protegerem de insetos e pequenos animais invasores.
Em relação ao uso paisagístico elas são muito utilizadas em volumes e maciços, devido as diversas colorações e listras, também como forma de atrair mais polinizadores como o beija-flor. Uma das utilizadas é a Bromélia Fireball pelo efeito ornamental que apresenta em maciços e por serem de baixa manutenção. A família Bromeliaceae, quando floresce ou dá frutos está em seu ciclo final de vida, mas isso não significa que você precisa descartá-la, pois elas se reproduzem e dão brotos e mudas ao lado da “bromélia mãe”.
Também muito utilizada no paisagismo é a bromélia imperial, nativa do Brasil com uma inflorescência que pode chegar a 3 metros de altura. Existem muitas espécies que apesar de serem populares não são conhecidas como parte da família, mas são espécies de bromélias. Como por exemplo o gênero das Tillandsia, a mais conhecida é a barba de velho, que não apresenta a estrutura de “copo” para acúmulo de água assim como a maioria dessa classe botânica e é encontrada até em fios de eletricidade pelas cidades.
